Prolongando a vida profissional activa

Por volta de 2020, as pessoas com uma idade à volta dos 60 anos constituirão 25% da população da Europa. A realidade que temos hoje é a de que muitos cidadãos mais velhos, a caminho da reforma, rapidamente ficam marginalizados.

O Projecto “epal” (extending professional active life) chegou ao fim. Para os que não conhecem o ambito do estudo levado a efeito para a União Europeia podemos dizer que o primeiro objectivo deste projecto é a procura de novas maneiras de promover uma vida activa equilibrada para os profissionais a caminho da reforma ou já reformados em toda a Europa.

Este Projecto tem a coordenação da UNINOVA, uma Universidade portuguesa e ainda a colaboração da Universidade de Amesterdam, Holanda, e de uma organização de Espanha, a SECOT, Associação de reformados que dão consultoria na gestão de empresas. Fazem também parte do consórsio a Skill Estrategia, uma empresa de consultoria localizada em Sevilha, Espanha e a Loop Ltd., outra empresa de consultoria de Londres, Inglaterra.

O roteiro proposto pela “epal” é o que se segue:

Perspectiva Social

Na próxima década será provavelmente uma alta prioridade estratégica da Europa o prolongamento da vida profissional activa. As sociedades europeias face à evolução demográfica, deverão preparar-se para que os profissionais seniores cumpram os seus objectivos como membros activos e participantes na economia. As atitudes a reter entre indivíduos e organizações é a da promoção de igualdade de oportunidades no envelhecimento activo dos profissionais seniores, na medida em que o seu valor advem do talento adquirido ao longo de uma vida de trabalho.

Tanto os profissionais seniores como os jovens  tirarão grandes benefícios da troca de conhecimentos e experiência. À medida que o ambiente social evolui, criar-se-ão novos mecanismos de apoio tendo em vista a inclusão de uma população mais envelhecida mas mais activa.

Assim, são desejáveis:

1. Novos mecanismos para desenvolver uma compreensão e percepção positiva pela sociedade acerca do valor das competências e experiência de profissionais seniores na economia, tendo também em linha de conta o género.

2. Mecanismos que ajudem à consciencialização e que motivem os profissionais seniores a juntarem-se à comunidade de seniores profissionais activos.

3. Mecanismos de apoio a interacções culturais entre profissionais seniores assim como à força de trabalho activa.

4. Mecanismos de apoio à partilha equilibrada de benefícios económicos na sociedade como um todo, incluindo os profissionais seniores.

5. Novos mecanismos que auxiliem a articulação das necessidades colectivas dos seniores.

6. Mecanismos de apoio a uma interacção geracional entre seniores e cidadãos mais novos; fomentando a solidariedade intergeracional  e compreensão dentro do espaço europeu.

Perspectiva Organizacional

Na próxima década os governos, empresas e sindicatos adoptarão politicas proactivas e coordenadas que possibilite aos seniores a escolha da continuação da sua vida profissional activa. Como consequência, os profissionais seniores poderão usufruir de novas
oportunidades e um novo espaço no mercado das competências seniores será criado, beneficiando empresas e fortalecendo a economia Europeia.

Assim, o que vai acontecer é que:

1. As politicas do emprego e da reforma mudarão no sentido de providenciar para os seniores uma maior flexibilidade afim de poderem escolher continuar como participantes activos económicamente.

2. Regulamentos e politicas mudarão no sentido de encorajar as empresas a colaborar com os profissionais seniores, tendo em linha de conta uma competição leal.

3. O conhecimento e a competência dos seniores serão aproveitados com o objectivo de gerar valor e estimular a inovação entre as empresas Europeias.

4. Novas formas de organizações intermédias providenciarão no sentido de uma eficiente corretagem que permita criar oportunidades em linha com as necessidades do mercado e que auxiliem os seniores a envolver-se com empresas a nível nacional e em toda a Europa.

5. Haverá modelos de financiamento sustentáveis – tanto no sector publico como privado – e a condução politica para suportar novas formas de associaçãoes seniores e outros corretores intermédios.

6. Todas as partes interessadas terão acesso a formação e treino relevante e outros serviços de apoio que facilitem a transicção dos seniores da vida de trabalho e a reforma activa.

7. Novas culturas organizacionais promoverão o relacionamento entre os profissionais seniores e profissionais pre-reformados.

Perspectiva Tecnológica

Na próxima década, a tecnologia faclitará e dará azo ao envolvimento contínuo activo de profissionais seniores no sistema sócio-económico. Novas ferramentas serão criadas de forma a catalizar a criação de novas formas de organização que interligem os “stakeholders” e facilitem a interacção entre eles,

Esta tecnologia será acessível a todos, e permitirá aos seniores expandir as suas capacidades, deixarem uma herança e criarem valor.

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