Com o aumento tanto da percentagem de cidadãos seniores como da esperança de vida saudável, tornou-se necessária uma nova perspectiva sobre os benefícios do envolvimento dos cidadãos seniores no sistema socioeconómico através de conceitos como os de envelhecimento activo e economia prateada(silver economy)”. Um importante desafio é identificar novas formas organizacionais, abordagens e mecanismos para que os cidadãos idosos não se sintam excluídos da sociedade e possam fazer uso do seu conhecimento e experiência, dando o seu contributo para a comunidade onde estão inseridos.
A reforma deixará de ser considerada como o fim do período de trabalho, mas sim como uma transição de carreira e estilo de vida. Nesta transição, o reformado terá múltiplas hipóteses, tais como: continuar a trabalhar (talvez a um ritmo diferente), regressar à escola para formação ou educação adicional, mudar de carreira, tornar-se empreendedor, envolver-se em trabalho de voluntariado, ou simplesmente desfrutar de possibilidades de lazer e viagens. Prevê-se assim um misto de possibilidades, desde trabalho e formação a lazer e descanso (ver vídeo abaixo):
O projecto ePAL (extending Professional Active Life) tem como objectivo explorar formas inovativas que facilitem o desenvolvimento do processo de envelhecimento activo e assegurem uma transicção equilibrada para os cidadãos idosos à medida que estes vão lidando com o aumento da idade. A visão do ePAL – procurar novos níveis de qualidade de vida para os profissionais seniores – é aquela que efectiva uma transformação da situação actual da reforma e das barreiras para o envelhecimento activo na Europa, através da introdução de novas abordagens e caminhos para criar comunidades profissionais que contribuam activamente na sociedade.. Esta visão fornece aos cidadãos idosos um enquadramento de suporte para elevar os seus talentos e experiência criando valor para proveito da economia.
A entidade coordenadora do projecto é a UNINOVA, representada pelo Prof. Luis M. Camarinha-Matos da UNL. A SECOT, nossa congénere espanhola, é “partner” do projecto. Um conjunto de 58 associações de profissionais reformados foram contactadas no ambito deste projecto, entre as quais a APCS e muitas outras associações da CESES.
Uma das primeiras conclusões a que chegaram é que na sua grande maioria os clientes destas organizações são pequenas e médias empresas, jovens empreendedores, o sector publico e ONGS.
Artigos PUBLICADOS no apcsNEWS nº 58 de Novembro de 2009